A prática que segue vai ser guiada por Silvia Loureiro,
Terapeuta natural especializada em pessoas altamente sensíveis,
Autora e palestrante.
Vamos fazer três respirações profundas para ancorar no momento presente.
Inspirar.
Expirar.
Inspirar.
Encher o corpo de oxigênio.
Expirar e libertar as tensões.
Inspirar longamente.
Expirar profundamente.
E agora,
Traz à mente uma situação na tua vida em que tenhas uma emoção difícil,
Alguma raiva,
Ou medo,
Ou vergonha,
Ou mágoa,
Alguma coisa que tenha uma carga moderada,
Não forte nem traumática,
Porque isso não nos serve agora.
Pode ser qualquer coisa que tenha a ver connosco,
Alguma coisa que não gostamos de nós,
Algum conflito interno,
Ou pode ser alguma coisa que tenha a ver com o exterior,
Um conflito com outra pessoa,
Da família,
Um colega de trabalho,
Algum ressentimento,
Algo que traga desconforto.
E à medida que trazes essa situação à tua mente,
Experimenta visualizar a situação ou o cenário que aconteceu,
Sentindo a emoção forte neste momento.
E vamos começar com o R do RAIN,
Que é o reconhecer o que está a acontecer.
Quando pensas na situação,
Pergunta-te O que está a acontecer dentro de mim agora?
Qual é que é a emoção mais predominante?
E agora vamos ao segundo passo da prática do RAIN,
Depois do R do reconhecer,
Vamos para o A,
De eu aceitar a situação como ela é,
Ter a vontade de fazer uma pausa,
E aceitar que neste momento as coisas são assim,
Ter a intenção de deixá-las estar e de experienciá-las sem fazer juízo de valores.
Depois do A do RAIN,
Vamos para o I,
Vamos começar a investigar com bondade o que está a acontecer dentro de nós.
Traz uma atitude de interesse e de curiosidade para contigo.
Podes perguntar-te O que é que nisto precisa a minha atenção?
Qual é que é a pior parte disto?
No que é que eu estou a acreditar?
E como é que isso se está a sentir no meu corpo?
Como é que se está a manifestar essa emoção nas sensações a nível do corpo?
Qual é que é a intensidade?
Às vezes pode ser constrição,
Por exemplo,
Nos ombros,
Nos maxilares,
No peito,
Na barriga.
Qual é que é o lugar mais vulnerável?
E podes perguntar a esse lugar no teu corpo O que é que mais precisas?
Esta parte de ti pode precisar de ser vista,
De ser reconhecida,
De ser aceite,
De ser perdoada,
De ser amada.
E agora vamos passar para o N do RAIN.
Depois de reconhecer o que estava a acontecer,
Aceitar a experiência tal como ela era,
Investigar no corpo as sensações que as emoções estão a causar.
Agora vamos para o N do NUTRIR.
Nutrir essa parte de nós com bondade.
Pode ser tão fácil como dizer umas palavras de perdoa-me,
Eu gosto de ti,
Eu vejo-te,
Eu percebo.
Podes colocar a tua mão no coração para te dar apoio ou na parte do teu corpo onde mais sentes esta emoção.
Dá-te a bondade da tua compaixão.
Se o teu melhor amigo deixa que este momento seja um momento de bondade e à medida que te deixas receber esta presença bondosa,
Descansa no espaço que se abre depois desta prática,
A liberdade de já não te identificares com a dor de emoção,
A liberdade de estares na tua compaixão natural e consciente.
Relaxa,
Descansa nesta abertura da consciência e da presença e entende que esta consciência natural é a tua casa.