O vento faz mexer as folhas das árvores,
Mas nem sempre as vemos.
As árvores estão na nossa frente,
Manifestando a sua força e a sua força.
Mas nem sempre reparamos nelas.
As flores oferecem-nos a sua beleza,
Mas nem sempre as vemos.
O vento faz mexer as folhas das árvores,
Mas nem sempre as vemos.
O vento faz-nos uma carícia na pele,
Mas nem sempre a sentimos.
Há sons mais próximos,
Há sons mais longínquos.
Chamam os nossos ouvidos,
Mas nem sempre os escutamos.
Um banco de jardim oferece descanso às nossas costas,
Mas nem sempre aproveitamos.
A textura da terra oferece um local para pousarmos os nossos pés,
Mas nem sempre a sentimos.
O ar fresco quer encher os nossos pulmões,
Mas nem sempre aproveitamos.
Um espreguiçar de braços quer relaxar o nosso corpo,
Mas nem sempre o fazemos.
As cores da natureza oferecem repouso aos nossos olhos,
Mas nem sempre reparamos na sua diversidade.
Uma borboleta passa e diz,
Segue-me com o teu olhar,
Mas nem sempre vamos atrás.
Quanta calma nos é oferecida num simples banco de jardim,
Mas nem sempre aproveitamos,
Nem sempre paramos.
Hoje reparamos.
Hoje paramos,
Aqui e agora.
Por alguns momentos deixamo-nos absorver por toda a beleza da natureza que nos rodeia.
Por esta riqueza de sensações que nos oferece calma e paz.
Hoje,
Aqui e agora,
Por alguns momentos,
Ficamos apenas presentes.
Apenas a sentir,
A observar,
A relaxar.
Deixamo-nos sentir como parte integrante da natureza que estamos a viver.
Como parte integrante do sítio onde estamos.
Como mais um elemento,
Mais uma peça deste cenário.
É como se,
Em vez de observarmos,
Entrássemos.
Como se entrássemos neste cenário.
Como se nos sentíssemos parte dele.
Sentindo uma ligação a tudo o que nos rodeia,
Aqui e agora.
Neste momento,
Só precisamos de apreciar.
Abrir os olhos e devagar ver tudo o que nos rodeia.
Sentir o carinho de uma brisa no rosto.
Apreciar a graça de voar de um pássaro.
Apreciar a dança das folhas nos árvores.
Hoje,
Aqui e agora,
Escolhemos sentir este espaço.
Deixar o nosso corpo,
As nossas emoções,
Os nossos pensamentos,
Abrandarem.
Escolhemos entrar num ritmo mais profundo,
Mais lento,
Mais calmo.
Alinhámonos com o ritmo da natureza.
Como alguém dizia,
A natureza não tem pressa.
Mas mesmo assim,
Faz tudo o que precisa de ser feito.
Apreciamos também este momento.
Apreciamos este momento sem pressa.
Paramos.
Sentimos.
Relaxamos.
Só aqui e agora.