Meditação para a integração de emoções,
Encontra uma postura que seja confortável,
Em que o teu corpo não sinta tensão e fecha os teus olhos.
Começa por fazer três inspirações bem profundas,
Expirando depois pela boca,
Libertando todo o ar.
Faz estas respirações naturalmente,
Prolongando a expiração.
Deixe agora que a tua respiração aconteça naturalmente,
Sem controlar o seu ritmo,
E presta atenção ao ar que entra e sai,
Focando-te no movimento do teu peito.
Observa como ele se eleva e se espante quando inspiras,
E como ele descontrai quando inspiras.
Mantenha o teu foco nesse movimento,
Desligando-te de tudo o resto,
E permitindo que qualquer outra distração seja apenas uma distração,
Que vem e que vai.
Traz o teu foco para a tua respiração,
E à medida que o fazes,
Vai entrando em ti,
Vai entrando em contacto com o teu interior e com as emoções que te habitam no dia de hoje,
Neste momento.
Então deixa que surja uma primeira emoção.
Qual é a mais dominante?
Qual é aquela que te aparece primeiro?
Dá-lhe um nome.
Depois deixa que ela se manifeste no teu corpo.
Em que parte do teu corpo é que a sentes?
Não fujas dessa emoção.
Fica com ela.
Aceita essa emoção.
Aceita que ela faz parte de ti neste momento.
Aceita que por algum motivo ela está aí hoje.
Dá-lhe espaço.
Dá-lhe espaço para que ela exista,
E na zona do corpo onde a sentes,
Imagina que se cria um espaço vazio em volta dela.
É um espaço que acolhe,
Que permite,
Que aceita.
À medida que lhe dás esse espaço,
Observa como é que se sente o teu corpo.
Se ele te contrai,
Se ainda está tenso,
E seja o que for,
Aceita.
Liberta a tua mente de qualquer julgamento ou crítica em relação a ti mesma.
Está tudo certo.
Não há emoções erradas.
Todas fazem parte de quem somos.
Volta à primeira emoção que encontraste.
Sente o espaço em volta dela.
Podes dizer interiormente,
Eu aceito-te.
Eu aceito sentir-me,
E coloca o nome à frente.
Eu aceito sentir tristeza,
Medo,
Angústia,
O que quer que seja que tenha surgido.
Permite-te.
Se houver mais emoções,
Liberta por agora essa e deixa que surja uma nova emoção.
Dá-lhe um nome.
Localiza-a no teu corpo e depois dá-lhe espaço.
Dá espaço para que ela exista,
Para que ela fale contigo.
Não queiras eliminar nenhuma emoção,
Não queiras mudar nenhuma emoção.
Apenas aceita e abraça cada uma delas.
Dá-lhes espaço dentro de ti.
Não resistas.
Não lutes contra.
Integra.
À medida que vais criando espaço no teu ser para todas as emoções,
Observa como te sentes.
Observa se começas a relaxar um pouco.
Se começas a sentir mais leveza ou quem sabe até mais paz,
Apesar de todas essas emoções.
E se houver mais alguma que queira falar contigo,
Repete o processo,
Dando-lhe um nome,
Localizando-o no corpo e dando-lhe um lugar,
Dando-lhe a oportunidade de existir em ti.
À medida que inspiras e expiras,
Vais criando mais e mais espaço dentro de ti e vais abraçando tudo aquilo que sentes.
Nenhuma emoção tem de ser banida.
Todas podem fazer parte da tua casa interna,
Como se fossem hóspedes.
Há hóspedes que ficam mais tempo,
Outros que ficam menos,
Alguns que são permanentes.
Faz com que na tua casa todos sejam bem-vindos,
Pois todos têm uma mensagem,
Todos têm um propósito.
Ao aceitares,
Permites que cada emoção se torne mais leve.
Quanto menos lutares contra cada uma delas,
Menos ela te magoa.
Então aceita,
Visualiza que abraças tudo isso que estás a sentir neste momento.
E se sentires necessidade de exteriorizar alguma dessas emoções,
Chorar,
Gritar,
Seja o que for,
Permite-te também.
Liberta e aceita a tua reação,
Aceita essa manifestação.
Dá-te espaço e tempo.
Leva agora a tua atenção ao teu peito e sente que a cada expiração ele se alarga mais um pouco.
Sente que a cada expiração ele se torna mais vasto,
Para poder dar casa a tantas emoções.
Imagina o teu peito como um enorme campo aberto,
Fluído,
E cada flor tem uma cor diferente e representa cada uma das emoções.
A alegria,
A tristeza,
O medo,
A calma,
A raiva,
A ansiedade,
A paz e tantas outras.
É essa imensidão que torna esse campo tão vasto e tão belo.
E por isso é também possível sentires a calma e a paz,
Apesar de outras emoções mais destabilizantes que possas sentir neste momento.
Convida então a calma e a tua paz interna,
Que sempre estão dentro de ti e sempre estarão dentro de ti,
A aflorarem,
A manifestarem-se.
Coloca o teu foco na respiração,
No movimento do teu peito.
Convida a calma a chegar e a trazer relaxamento ao teu corpo,
Trazer mais paz ao teu coração.
E se a calma não quiser vir,
Está tudo bem também.
Fica contigo,
Haja o que houver.
Mantenha o foco na respiração,
No movimento e vai aceitando o que quer que seja que surja.
Aceita-te,
Tal e qual como estás neste momento.
Envolve-te num abraço,
Um abraço que dás a ti mesma.
Mergulha nesse abraço e fica nele.
Nunca te esqueças de te abraçar.
Suavemente,
Começa a fazer o caminho de regresso ao aqui,
Agora e ao local onde estás.
Levando a tua atenção para o teu corpo,
Sentindo a superfície de suporte,
Podes fazer uma inspiração profunda e uma inspiração bem libertadora.
Movimenta os teus pés e as tuas mãos e se quiseres podes abrir os teus olhos e regressar.
